Barómetro «Edenred-Ipsos 2014» já inclui Portugal

Barómetro «Edenred-Ipsos 2014» já inclui Portugal

O barómetro «Edenred-Ipsos 2014» resulta de um inquérito sobre o bem-estar e a motivação dos trabalhadores em oito países europeus (França, Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Espanha, Itália e pela primeira vez Portugal e Suécia). Foram cerca de 8.800 os trabalhadores inquiridos ‘on-line’, incluindo 800 em Portugal.
Num comunicado da Edenred pode ler-se, a propósito desta iniciativa: «A Europa está mergulhada numa crise económica desde 2008 e Portugal, tal como os seus vizinhos da Europa do Sul, foi particularmente afetado. Se por um lado as perspetivas de crescimento do país parecem mais favoráveis para o período 2014-2015 (fonte – Eurostat), em Portugal os indicadores de confiança do barómetro (futuro coletivo, futuro individual) continuam baixos e a preocupação com o desemprego mantém-se bem marcada. Os valores relativos à satisfação com o nível do poder de compra apresentam-se particularmente baixos (a taxa mais baixa dos países do Sul da Europa abrangidos pelo barómetro).»
Vejamos alguns dados:
– Taxa de crescimento do PIB prevista para 2014 em Portugal : 0,8%; e 2015 1,5% (Eurostat).
– 72% dos inquiridos considera que será difícil encontrar um emprego comparável no caso de perder o atual.
– 62% dos inquiridos cita como primeira preocupação «a conservação do emprego», 26% «o nível salarial» e 12% (28% de gestores) «o tempo dedicado ao trabalho».
– 39% dos inquiridos está otimista acerca do seu futuro profissional no seio da empresa e 52% sobre o futuro da empresa.
– 85% estão insatisfeitos com o nível de poder de compra.
Outros dados que relevam do estudo evidenciam o seguinte:
– Uma descida no valor que os trabalhadores portugueses atribuem ao seu trabalho – a importância atribuída ao «valor do trabalho» é muito grande mas a motivação é frágil («por defeito»; as pessoas declaram-se «artificialmente» felizes e orgulhosas no seu trabalho simplesmente porque têm um trabalho).
– A escolha predominante incide em ficar na empresa onde se está («retenção passiva»; a mobilidade é associada a risco), um grande desafio de gestão do desenvolvimento profissional (por todos e em todas as faixas etárias).
Mais dados:
– 91% consideram-se «felizes no trabalho» (% frequentemente + ocasionalmente) e 92% sentem «orgulho».
– 7% considera que a motivação está «a aumentar», 58% acha que está «estável» e 35%. «a diminuir».
– 56% declararam nunca ter considerado sair da empresa.
– 37% consideram que a empresa presta uma atenção «insuficiente» à empregabilidade dos seniores, 36% à gestão de talentos e 30% à transmissão/ renovação de competências.
O «potencial de frustração» em Portugal sente-se muito. Vejamos:
– À semelhança do que se observa nos outros países do Sul da Europa, verifica-se uma marcada insatisfação no que se refere ao reconhecimento da empresa em relação a (num sentido lato) qualidade de vida no trabalho, condições materiais, gestão do desempenho/ competências; e o sentimento de falta de reconhecimento é alargado.
– Uma significativa insatisfação com a gestão do tempo de trabalho (equilíbrio da vida, carga de trabalho, horários…); com a generalização da fusão das fronteiras (o deixar de haver fronteiras entre a vida pessoal e a profissional), associada a uma rápida progressão da taxa de trabalhadores nas novas ferramentas de comunicação, este desafio pode vir a ter uma importância acrescida se/ quando os constrangimentos resultantes da crise (emprego, poder de compra) começarem a atenuar-se; O nível de ‘stress’ é extremamente elevado no país.
Ainda mais dados:
– Declararam «muito envolvimento» no trabalho: 55% não, 16% muito (56% nos gestores, 9% «muito»).
– Satisfeitos com o reconhecimento do seu empenho: 42% (50% nos gestores).
– Atribuem uma nota entre oito e 10 à sua qualidade de vida no trabalho: 25% e uma nota média seis/ 10.
– Declararam que o seu responsável hierárquico direto investe no desenvolvimento das suas competências: 45%.
– Estão satisfeitos com a sua possibilidade de evolução na empresa: 23%; e com o acesso à formação: 60%.
– Acham que dedicam tempo demais ao trabalho (% frequentemente + ocasionalmente): 89%.
– Estão satisfeitos com o seu equilíbrio de vida: 51%;
– Atribuem uma nota entre oito e 10 ao seu nível de ‘stress’ no trabalho: 42%; e uma nota média de 6,8/ 10.
– Consideram que a empresa não dá atenção suficiente aos novos métodos de organização no trabalho: 33%; aos métodos de trabalho colaborativos: 23%.
Segundo a Edenred, «neste contexto encontrar soluções que ajudem os trabalhadores a ter uma ‘vida mais fácil’ é fundamental». Ou seja: «Para além das práticas de gestão, os benefícios extra-salariais (hoje em dia pouco utilizados em Portugal – com exceção dos títulos-refeição ou dos cheques-viagem) podem constituir-se como uma alavanca importante. Com efeito, regista-se um índice de satisfação bastante elevado junto dos beneficiários – nomeadamente com os cheques-oferta, com os títulos de apoio à infância e com serviços pessoais.»
Mais dados ainda:
– Declararam beneficiar de cheque-viagem: 90%; de títulos-refeição: 82%.
– Beneficiários que estão satisfeitos: títulos de apoio à infância: 65%; serviços pessoais: 63% ; cheque-oferta: 61%
– Não beneficiários que gostariam de beneficiar de: títulos-refeição: 77%; cheque-oferta: 80%; cheque-viagem: 86%; e serviços pessoais: 80%.

A Edenred, empresa global de serviços pré-pagos, cria e desenvolve soluções com as quais procura melhorar a vida dos trabalhadores, a eficiência e a produtividade laboral das empresas. Garantindo que os fundos são usados nos fins a que se destinam, estas soluções permitem às organizações gerir com maior eficácia os benefícios sociais («Euroticket», «Euroticket à la card», «Cheque Creche» e Cheque Estudante»); a gestão de despesas («Cheque Automóvel») e os benefícios e as recompensas («Compliments» e «Kadéos»). A Edenred apoia também as instituições públicas na gestão de programas sociais. Está registada na Bolsa de Valores de Paris, tendo presença em 40 países, com aproximadamente 6.000 empregados, 640 mil empresas clientes, 1,4 milhão de aceitantes e 40 milhões de utilizadores. Em 2013, o volume de cartões e cheques que emitiu totalizou 17,1 mil milhões de euros, sendo 60% em países emergentes.

 

in Humanet, 21 de maio de 2014

http://www.human.pt/noticias/mai_2014/21_05_14noticia1.htm

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