Apesar das barreiras existentes, a grande maioria das empresas portuguesas reconhece vantagens na adopção de sistemas de facturação electrónica.
Maior eficácia e eficiência dos processos de emissão e recepção de facturas, melhor acesso à informação contabilística e respectivo estado e relacionamento entre parceiros mais eficiente são os benefícios mais apontados.
Os custos de desenvolvimento e a integração com fornecedores e o cumprimento dos requisitos legais são, pelo contrário as principais barreiras à implementação de uma solução de facturação electrónica.
Os dados são de um estudo realizado pelos CTT, entre as 450.000 empresas registadas na Via CTT, apresentado durante o Fórum Nacional da Factura Electrónica, que revela que são cada vez mais as organizações em Portugal a optarem pela facturação electrónica.
Mais precisamente, 33,9% das organizações já usam ou estão a implementar este sistema, um valor que representa um crescimento de 14,3 pontos percentuais face aos 19,6% apurados em análise idêntica de 2012.
O relatório indica também que 1,5% revela que está a pensar adoptar uma solução de factura electrónica nos próximos 12 meses e 30,9% afirma estar “a estudar o tema”.
Tal como em 2012, as empresas inquiridas reflectem a estrutura empresarial do país, ou seja, operam essencialmente em Portugal e a grande maioria – 79,2% – tem um volume de negócios abaixo de um milhão de euros.
Mais de 50% das empresas emite até 500 facturas anualmente, com 73,9% a ter sistema de informação para emissão de facturas e 62,1% a ter sistema de informação para recepção de facturas.
Mais de 70% das empresas admite receber facturas electrónicas, num acréscimo de 8,4 pontos percentuais face a 2012.
Em termos globais, os documentos desmaterializados, tanto na emissão, como na recepção registaram acréscimos em 2014. No caso da recepção destacam-se as facturas, que sofreram uma evolução de 31,1 pontos percentuais, para os 91,3%.
O formato mais comum, tanto na emissão como na recepção, continua a ser o PDF, tal como também indicavam os resultados do estudo anterior.
in ACEPI
3 de abril de 2014